quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

''Com Cauã, não me sinto sozinha nunca''








Há dez meses, ela namora um dos galãs mais cobiçados do país. É sobre esta relação que Grazi fala nesta entrevista. E também sobre a vontade de ser mãe aos 28 anos e do fato de se sentir mais madura em relação à carreira de atriz
Uma ex-Big Brother Brasil, uma ex-miss, uma ex-vendedora e uma atual atriz. E ela pede para pararmos o carro próximo a seu banco. Precisa resolver algo rapidinho. "Há problema se a gente der uma paradinha?", pergunta Grazielli Massafera, 25 anos. Claro que não, Grazi. Estamos em seu bairro, o Recreio, no Rio de Janeiro. A caminho de uma sessão de fotos ela desce de chinelo e vestido de malha. Conversa com o gerente sobre investimentos por meia hora. A conta abarrotada já a fez gastar muito com compras desnecessárias, mas agora a história é outra, ela garante. "Pensei que eu fosse consumista. Agora, posso entrar num shopping, olhar vitrines e ir embora sem uma sacola", ela conta. Controle, controle. Na vida pessoal, no trabalho e sobre a imagem que criou, que vale ouro (confira no boxe ao lado, Grazi com o vestido de 800 mil reais que irá usar no Eldorado Magic Ball 2008, no Copacabana Palace).

A ingenuidade já era. A menina do interior também. E agora ela conta com um parceiro também tarimbado no setor, o ator Cauã Reymond, 27. Em dez meses de relacionamento, ela mostra que tira de letra o assédio sobre seu namorado, um dos galãs mais cobiçados do país. Das sete chaves que usa para guardar o seu namoro, abrimos algumas, entre sorrisos envergonhados, que servem de verniz reluzente para seu controle. "Ninguém nunca vai saber o que acontece no meu quarto!", diz Grazi, muito distante dos tempos da câmera 24 horas no BBB.

"Eu não entendia nada de arte"
Em sua segunda novela, Desejo Proibido, desde novembro, Grazi está mais à vontade com os companheiros de elenco. Diz que não detecta mais preconceito ou "picuinhas". De valioso ganha-pão, a carreira de atriz agora é encarada como vocação. Grazi levanta cedo, grava cerca de 12 cenas e volta tarde para casa quase todo dia. Quando pode, passa o texto com Cauã. "Eu não entendia nada de arte quando comecei. Não via TV para observar como fulano atua bem ou, então, para elogiar um plano de câmera. Agora, reparo em tudo isso", exemplifica. Virou também a queridinha do mercado publicitário, alcançando, em pesquisas encomendadas por seus empregadores, até a classe mais alta da sociedade. "Diante disso eu até posso me sentir a tal. Mas depois desço do salto rapidinho. Sou como vocês. Faço xixi, faço tudo", diverte-se com o exemplo. "O que me espanta é quando sinto que dão um peso a meu nome que foge do meu controle. Afinal, hoje estou aqui no alto, mas, amanhã, não sei. Pensando assim, vou levando minha vidinha tranqüila", diz.

"Ele é supercarinhoso"
No início, ela acelerou tudo o que podia, para aproveitar a onda. Agora, está mais cautelosa na hora de assinar algum contrato. "Eu queria arrecadar tudo. Achava que não precisava dormir ou comer. Só queria trabalhar e trabalhar, em nome da grana. Hoje, penso na saúde e acho que tenho de melhorar a cada dia. Não podia ficar nesse oba-oba", conta. Aquela euforia do início diante da gorda conta bancária passou. O volume de trabalho minou seu relacionamento anterior, com o DJ Alan Passos, 29, com quem ela se considerava casada. Ele reclamava do fato de ela trabalhar sem parar e a alertava para se preocupar com a própria saúde. Os cuidados passaram para Cauã. "Ele é supercarinhoso. Tudo é um aprendizado. Às vezes, você erra numa relação para acertar na outra. Às vezes, até sem saber", diz ela, entregando uma das chaves do relacionamento. Ela comenta a saudade que teve de Cauã quando ele foi para São Paulo filmar o longa-metragem Se Nada Mais Der Certo e ela ficou no Rio. "Por pouco tempo essa distância é legal. Surge uma saudade boa. É muito compreensível quando a pessoa viaja a trabalho. Seria muito egoísmo se eu quisesse prendêlo para ficar comigo. Mesmo assim, a gente se via sempre. Com Cauã, não me sinto sozinha nunca." Ciúmes ela já não tem mais nem das tórridas cenas dele em Eterna Magia. "Não gosto, nem desgosto. Não reparo onde estão passando a mão, onde ele está sendo beijado. Afinal, posso ter de fazer a mesma coisa. Isso é amadurecimento na profissão e confiança em quem está comigo."

"Beijo? Na nuca e na boca..."
Romântica, Grazi não dispensa um bom beijo como carinho. "Na nuca e na boca. Não me venha limitar", diz, soltando mais uma de suas gargalhadas. O limite é ela que impõe. "Se vale tudo entre quatro paredes? Coloca aí: risos, exclamações, diz que fiquei roxa de vergonha! Agora, chega!", avisa, para, na pergunta seguinte, abrir uma brecha. "Não faço sexo só por fazer. Tenho de estar amando. Quando se está apaixonada e fica querendo muito aquela pessoa, o fogo na caçarola, como Florinda diz, só aumenta", avisa, no maior bom humor, referindo- se à sua personagem em Desejo Proibido. Diante de um namoro tão bem resolvido, é natural querer saber se a atriz já ouviu o pedido de casamento. "Cauã está ótimo", desconversa, dando risadas. Uma chave a menos. "Nunca tive medo de virar 'titia'. Meu pai é que tinha. Quando era mais nova, ele era doido para que eu casasse. Agora, relaxou. Viu que primeiro quero trabalhar", diz ela, que ainda não teve chance de apresentar o namorado ao senhor Gilmar Massafera, 47, que mora em Paranaguá, no Paraná. "Está difícil de a gente ir para lá e de ele vir para cá. De repente, todos se encontram no Carnaval", diz a atriz. Já dona Cleuza Soares, 47, que ainda vive em Jacarezinho (PR), aprovou a relação. "Ela adora o Cauã. Dou ouvido à opinião dos meus pais, mas não deixo falarem muito porque não são eles que estão convivendo", explica.

"Tem de namorar e depois casar"
O momento do "sim" vai chegar, mas Grazi não quer pular etapas. "Tem de namorar e, depois, casar. São etapas indispensáveis. Já fui louca para casar de vestido bufante. Hoje penso numa roupa básica, tipo um tubinho, numa cerimônia só para a família e os amigos íntimos", diz, mais madura, se esquecendo até do clássico príncipe encantado que toda menina sonha em encontrar. "Não adianta achar que ele existe. Pensar assim faz mal.Você fica chata e vira um monstro que cobra demais. Num casamento, nem tudo são flores. Mas, na maior parte do tempo, sim." Por enquanto, Cauã e ela vivem em bairros vizinhos (ele mora na Barra da Tijuca). "Casamento é escolher a pessoa que você ama e constituir família. Não existe uma data certa para decidir se casar. Pode ser em um mês, um ano ou dez", diz. O que não impede um de dormir na casa do outro. Quando estão juntos, gostam de programas simples, como assistir a um DVD, pegar um cinema, ir à praia ou sair para jantar.

"Não vou adiar muito"
O plano seguinte, de ser mãe, virá depois da estabilidade como atriz. "Quero ser mãe. Deve ser mágico ver pela primeira vez a carinha do filho. Não vou adiar muito. Lá pelos 28 anos é uma idade ótima", projeta. O único plano é o Carnaval, como rainha de bateria da escola de samba Grande Rio. Ela malha três vezes por semana para ficar em forma. "Não quero ficar gostosa, porque nunca vou conseguir. Mas, melhorar um pouquinho é sempre bom. Sempre me achei muito magrela para ser a rainha. No Carnaval, poderia até ter ouvido um 'Sai, sem bunda!' (risos). Agora, desencanei", brinca.
Fonte:Contigo

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