quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Entrevista :: Revista Quem Acontece ::



“A gente é arrogante, depois fica humilde”



Aos 28 anos, Cauã Reymond vive seu segundo sedutor descamisado em horário nobre, o Halley, de A Favorita. Aqui, ele fala do sucesso do personagem, das fofocas de bastidores e dos planos para o futuro – na carreira e na vida, ao lado de Grazi Massafera







Cauã Reymond chega no horário marcado para a entrevista, cumprimenta a equipe, pede um copo de água e desliga o celular. No sofá da suíte de um hotel na Barra da Tijuca, o ator começa o papo falando de seu atual personagem, o Halley da novela A Favorita. Ele gesticula pouco e não sorri. “Você está de mau humor hoje, eu te conheço”, diz sua assessora, Camila Lamoglia. Cauã nega, mas continua sério. “Não consegui dormir ontem. Fui fazer um evento em Brasília e não preguei os olhos no hotel”, justifica. Aos 28 anos, ele está em sua sexta novela e, mais uma vez, interpretando um papel que exige cenas sem camisa. “Sei que vai chegar a hora de fazer papéis mais sérios”, diz, um pouco mais relaxado. Se a TV só lhe oferece personagens sensuais, no cinema ele vai treinando a veia dramática. Em novembro, estréia Se Nada Der Certo, de José Eduardo Belmonte, em que vive um jornalista falido. Ele também está no elenco de outros dois filmes, com lançamento marcado para 2009: O Divã, de José Alvarenga, em que interpreta um clubber, e À Deriva, de Heitor Dhalia, em que faz um barman.




Mais alguns minutos e Cauã abre, enfim, seu primeiro sorriso. É para falar de Grazi Massafera, sua namorada desde abril do ano passado. “Todo mundo quer saber quando vamos nos casar e ter filhos. Não sei responder, mas garanto que este é o meu relacionamento mais sério até hoje.” O rosto se fecha novamente quando o tema são os boatos de que estaria se envolvendo com a colega de cena Mariana Ximenes. “Não é que isso cause ciúme em casa, tem um entendimento. Assim como a Grazi vai beijar o Fábio Assunção na novela dela e eu terei que entender”, afirma.





QUEM: Quando acabou Belíssima, em 2006, você declarou que evitaria personagens malandros, que abusam da sensualidade. Não é isso o que você faz agora?


CAUÃ REYMOND: Quando aceitei fazer o Halley, passou pela minha cabeça isso que falei antes, sim. Não sou um cara sem memória. Mas é um personagem que tem uma veia cômica, é diferente do Mateus de Belíssima. Está sendo muito boa a repercussão, em termos de público e de crítica. É o meu primeiro trabalho que tem essa união dos dois lados. Mas, no futuro, sei que vai aparecer algo diferente.



QUEM: Desde que a novela estreou, surgiram boatos de que você se envolveu com Taís Araújo, Mariana Ximenes, Emanuelle Araújo e Deborah Secco. Como lida com isso?



CR: Da mesma forma que... Sei lá, o que vou fazer? Estou trabalhando. Depois que começaram os comentários, eu sabia que não iam parar. Na outra novela, rolou química entre o Wagner Moura e a Camila Pitanga, e nem por isso falaram que eles estavam namorando.




QUEM: E a que se deve essa química sua com a Mariana Ximenes?


CR: Química é inexplicável. Acontece ou não. Talvez seja a maturidade que estou tendo como ator. Estou mais seguro no que faço. Não vou mentir para você. Eu e Mariana nos divertimos muito, mas me divirto ainda mais no núcleo do Iran Malfitano e da Deborah Secco, porque dá para brincar e inventar coisas. Com a Mariana é mais drama (neste momento, a assessora Camila Lamoglia o interrompe para avisar que Fábio Assunção ligou para lhe dar parabéns pelo desempenho na novela).



QUEM: Comenta-se que você e Grazi têm brigado por causa desses boatos.


CR: Ah, ciúme é normal. A gente, em um mês, se separou, eu me casei com a Mariana, me separei da Mariana, voltei com a Grazi, vou casar em janeiro com ela, marcaram a data e nos avisaram pelos jornais... Se eu for prestar atenção nisso, não decoro meu texto. Existe um entendimento no começo da relação que é a confiança de ambos os lados. Grazi vai começar uma novela, vai sair beijando um monte de homem bonito, faz parte.


QUEM: Você vai sentir ciúme das cenas dela?


CR: Claro, pô! Imagina ter que ficar vendo aquele beijão dela no Fábio Assunção todo dia?! Já está no ar, nas chamadas da novela. Quando vejo, dou uma viradinha para o lado e depois volto (risos). Olha, em casa, procuramos conversar sobre tudo, e não só sobre trabalho. Se ela fosse dentista e eu engenheiro, a gente estaria junto mesmo assim.



QUEM: A aliança que você usa é de noivado?


CR: Troquei este anel há três meses com meu irmão, Pavel, como símbolo de irmandade (mostra o dedo mindinho da mão esquerda). Com a Grazi, uso uma aliança, mas saí atrasado da gravação e deixei tudo no estúdio. Não é de noivado, mas é um símbolo de carinho e amor.




Na vida real Da esq. para dir: Cauã com Alinne Moraes, que namorou por quase três anos. No meio, o ator e a modelo Lise Grendene, com quem teve um romance antes de começar o relacionamento com Grazi Massafera (última foto)





QUEM: Pensa em se casar com ela?


CR: Você me pergunta: “Quer casar?” Eu digo: “Quero”. Daí, você pergunta em seguida: “Quando?” Eu não sei quando. Aí, vão publicar que eu não sei quando vou me casar. Pula essa, então. Não vai ser daqui a dez anos, mas pode ser daqui a dois, cinco anos. Também é mentira que meu sogro estaria nos pressionando pelo casamento, ele é muito querido. Já tentei ir duas vezes a Jacarezinho (interior do Paraná, onde mora a família de Grazi), mas a agenda não permitiu.


QUEM: O que a Grazi representa na sua vida?


CR: Ai, isso não é justo, hein (risos)! Ela representa tanta coisa! Ela é maturidade. Quando duas pessoas estão juntas, é uma escolha dos dois. Grazi é uma grande escolha na minha vida. Este é o meu relacionamento mais maduro. E não abro mão dessa escolha. É cada vez mais difícil você se relacionar quando é jovem, mas tanto eu quanto ela fizemos essa escolha de estarmos juntos.



QUEM: Há algumas semanas, você foi homenageado no quadro Arquivo Confidencial, do Domingão do Faustão, e chorou. Você é sempre assim?


CR: Sou emotivo, muito chorão, sim. E sou um cara bastante família, preocupado com as pessoas. Não dá para sair chorando em público, mas choro se for ver um filme lindo, por exemplo. Aí, se o paparazzo me pega na saída do cinema, já vai falar que briguei com a Grazi (risos). É por isso que, se tiver que chorar, vou para o carro ou espero chegar em casa.



QUEM: Em novembro de 2006, você disse a QUEM que gostava de se ver no espelho. Ainda é assim?

CR: Lembro dessa entrevista, a chamada foi “Quando me olho nu no espelho, gosto do que vejo”. Guardei essa revista, vocês acabaram comigo (risos)! A gente vive numa sociedade extremamente preocupada com dinheiro, plásticas, lipo, sexo, performance... Infelizmente, as pessoas estão preocupadas com o modo como elas parecem para o mundo, e não com o que elas sentem de verdade. Mas esse pensamento meu não interessa a vocês, da imprensa...






Da esq. Para dir.: A estréia, em 2002, como o MauMau, em Malhação. A primeira novela, Da Cor do Pecado, em que viveu Thor, um dos cinco filhos da personagem vivida por Rosi Campos. Como o pescador Floriano, em Como Uma Onda (2004).





QUEM: Vamos falar de sexo, então. O que você acha das mulheres que fazem sexo no primeiro encontro?



CR: Faz parte. Já namorei pessoas com quem me encontrei e tive uma relação logo de cara. E nem por isso achei que aquilo não fosse sério, interessante.



QUEM: O que o faz perder o tesão na hora H?



CR: Nada! Para chegar na hora H, já aconteceu tanta coisa! Já namorei, paquerei, conversei. Nunca voltei atrás na hora H. Perco o interesse pela outra pessoa se perceber mentira, falsidade. Mas isso é bem antes de levá-la para a cama (risos).



QUEM: O Halley mora num prostíbulo. Você já freqüentou esse tipo de lugar?



CR: Não. Ainda mais um prostíbulo como aquele, em que ele mora com a mãe! QUEM: Já foi traído? CR: Com certeza, mas só soube bem depois que aconteceu. Fiquei tão chateado... Foi antes de ser famoso, tinha uns 20 anos. Perdoei depois, dá raiva só na hora. Dos 18 aos 30, não dá para pedir às pessoas que lidem com exatidão. A gente é arrogante e depois fica humilde.



Da esq. Para dir.: Em Belíssima, como o garoto de programa Mateus, papel que lhe rendeu destaque. No folhetim das 6 Eterna Magia. No papel atual, em A Favorita, como Halley.




Postagem: Fernando Reymond

2 comentários:

Mariana Ximenes disse...

Oi, estou vindo propor uma parceria entre os nossos Blogs... Add o meu no seu que eu faço o mesmo. O que acha?
Aguardo resposta... Beijos

http://mari-ximenes.blogspot.com/

Mariana Ximenes disse...

Com certeza!! ;D

** Já add o seu Blog no meu.

Beeijo